sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Sweet Vampire

Vícios são como vampiros. Apesar de serem "sanguessugas" nos chamados romances sobrenaturais são retratados como sedutores, atraentes, irresistíveis e entorpecentes à seus alvos, assim como alguns predadores são vistos por suas presas. Vampiros tornariam-se para seus alvos exatamente o que nossos vícios tornam-se para nós.
Tudo começa com a atração. Inicialmente o predador escolhe suas vítimas, as seduz, ganha e depois vem o bote. As tentações o atrairão, após entorpecido pelo desejo só resta uma fase... tais tentações "cravarão suas presas" e seus sangue estará infectado por compulsão, como veneno. 
Tal compulsão torna-se enlouquecedora e irracional. Absolutamente nada é capaz de ameniza-la enquanto não permitir-se ser consumido pela tentação novamente e deixar que esta sugue-o, assim como vampiro e sangue. A sede de ser consumido torna-se prazer insaciável, leva ao excesso, é o gatilho à ser apertado para o vício
Limite é a linha entre controle e loucura, a trava que impede o disparo do tiro. Mas, limite é uma virtude atribuída à poucos. Eis que o gatilho é apertado. Durante o disparo tudo parece maravilhoso, encantador, envolvente, diria que hipnótico, enfim um prazer absoluto. Até que o projétil perca aos poucos a velocidade sem atingir nada ou se choque contra outra superfície, em ambas as circunstâncias restará apenas a dor.
Permita-me lembrar a que estão sendo comparados. Encaremos o vício como sendo um doce vampiro. Começa como a presa entorpecida pelo prazer, até que o predador lhe crave as presas novamente, entretanto, o objetivo não é mais entorpecer e sim sugar-lhe a vida até que acabe seco. 
E assim que nossos prazeres voltam-se contra nós mesmos, tornado-se vícios provocados por falta de limite e fraqueza. O prazer nos entorpece e anestesia nossas mentes e corpos , enquanto temos nosso interior corroído.

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