sábado, 30 de abril de 2011

Juramento de Hipócrates

"Eu juro, por Apolo médico, por Esculápio, Hígia e Panacea, e tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir, segundo meu poder e minha razão, a promessa que se segue: Estimar, tanto quanto a meus pais, aquele que me ensinou esta arte; fazer vida comum e, se necessário for, com ele partilhar meus bens; ter seus filhos por meus próprios irmãos; ensinar-lhes esta arte, se eles tiverem necessidade de aprendê-la, sem remuneração e nem compromisso escrito; fazer participar dos preceitos, das lições e de todo o resto do ensino, meus filhos, os de meu mestre e os discípulos inscritos segundo os regulamentos da profissão, porém, só a estes.  Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém.   A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda. Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher uma substãncia abortiva.  Conservarei imaculada minha vida e minha arte. Não praticarei a talha, mesmo sobre um calculoso confirmado; deixarei essa operação aos práticos que disso cuidam. Em toda casa, aí entrarei para o bem dos doentes, mantendo-me longe de todo o dano voluntário e de toda a sedução, sobretudo dos prazeres do amor, com as mulheres ou com os homens livres ou escravizados. Àquilo que no exercício ou fora do exercício da profissão e no convívio da sociedade, eu tiver visto ou ouvido, que não seja preciso divulgar, eu conservarei inteiramente secreto. Se eu cumprir este juramento com fidelidade, que me seja dado gozar felizmente da vida e da minha profissão, honrado para sempre entre os homens; se eu dele me afastar ou infringir, o contrário aconteça."



sábado, 5 de março de 2011

Equação

Observar as pessoas torna-se mais interessante dia após dia. Ultimamente venho observado a forma de lidar com seu próprio futuro usada por cada pessoa, e devo dizer que algumas dessas formas são absolutamente promissoras e outras absurdamente despreocupadas.

Há pessoas decididas sobre o que querem desde cedo; outras acreditam saber, mas não há certeza; existem aquelas indecisas sobre qual partido tomar, mas descobrir torna-se prioridade; e por fim, há um grupo em particular que não sabe, parece não querer saber, e tem raiva dos que desejam ajudar.

O futuro acima citado não engloba apenas a parte profissional, mas sim um todo. Alguns enchem-se de espectativas para o futuro, mas nada fazem para alcançá-las, vem à base do que for para ser, vai ser; e o que tiver que ser, será", este comodismo transforma-os em frustrados.

Os indecisos em algum momento se encontrarão, porém o caminho está longe de terminar. Quanto aos decididos, apenas saber o caminho não basta, e preciso caminhar. A partir do momento em que uma decisão é tomada a equação para chegar aonde se deseja ir torna-se a mesma.


Foco+Perseverança+Esforço+Força de Vontade+Sacrifício+Superação+Fé = Sucesso



Por todo o caminho surgirão obstáculos a serem vencidos, mas nunca se deve desistir. Muitas vezes pode sentir-se como num labirinto: preso, sufocado, amedrontado, sem esperança e prestes a desistir; é aí que entram a fé e a perseverança. Desistir de um sonho é como matar uma parte de si, sonhos fazem parte das pessoas. Os que não cultivam seus sonhos ou nem mesmo incitam-se a sonhar, estes jamais poderão ser completos, afinal crêem que já estão.

Sonhos são parte importantíssima de nossas vidas, nos definem, nos influenciam a ir além do convencional, nos fazem voar e criam um tipo de mundo só nosso. Jamais deixe de alimentar e perseguir seus sonhos, são parte de você, então deixe-os escapar por entre os dedos. Afinal de contas, superar limites é a rotina de nossa existência e o esforço é o que dá gosto ao sucesso.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

The raw and naked truth

Fisicamente estamos em constantes mudanças, ficamos mais velhos a cada segundo que passa, mudança perfeitamente nítida e sensível ao toque. Conhecimentos são adicionados, situações vividas, experiências assimiladas e questões respondidas, contribuindo com a evolução mental. Mudança física: existente e perceptível.
Em meio a arrependimento, desespero ou profundo remorso eis que vem à tona um promessa de mudança, no intuito de reverter a situação, tornar algo negativo em positivo. Entretanto, as pessoas não mudam. Alguns empenham-se em alcançar a mudança prometida e falham. Outros iludem-se ao crer que a mudança fora atingida. E há aqueles os quais apenas fingem mudar. Essência: Imutável. Assim como as águas de um rio jamais serão as mesmas embora seja sempre o mesmo rio; o ser evolui, mas será sempre o mesmo ser.
A aparente mudança torna-se solúvel quando posta à prova. Viciados são enviados à reabilitação, após o tratamento recebem alta, entretanto a volta para o "mundo real" é bem mais complicada; inicialmente criar resistência às tentações parece fácil, mas estará pisando em ovos constantemente, apenas uma gota para que morra afogado. Algumas provas são superadas, porém trata-se de uma simples questão de tempo para que essência volte à tona e a ilusão de mudança se dissolva completamente.
Espera-se sempre o melhor das pessoas, no entanto "o melhor" é subjetivo e totalmente dependente da essência de cada ser. As pessoas mentem ansiando aparentar serem melhores ou piores do que a tendência que realmente se tem, tentam incorporar mudança a partir de uma ilusão. O tempo não volta atrás se os ponteiros de um relógio girarem no sentido anti-horário e olhos castanhos não tornam-se azuis se lentes desta cor forem colocadas sobre eles.
"People don't change and everybody lies" Dr. Gregory House.


segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Porcelain Dolls

Nós, seres humanos, fomos criados cada qual de forma bastante diferenciada dos demais, poderíamos ser até mesmo considerados "autênticos", por um lado. O ser humano é um grande insatisfeito consigo mesmo e com a sociedade em que vive, não temos a capacidade de sermos felizes como viemos ao mundo.
Assim surgem os padrões. O chamado "Padrão de Beleza", se analisado com calma, mostra-se ridículo e fútil pelo fato de que beleza trata-se de algo totalmente subjetivo. Pessoas não são bonecas de porcelana, as quais são todas impecavelmente brancas como cílios longos,olhos grandes e boca perfeita, a maioria são iguais exceto pelas roupas, mas é como se fossem feitas de uma mesma forma. Há um padrão à ser aplicado, afinal são idênticas.
Se fôssemos bonecas de porcelana, não seriamos distintos apenas pelas roupas, seriamos feitos cada qual em uma forma diferente e unica, afinal existem diferentes tipos de cabelo, olhos, pele, nariz, biotipos, estruturas ósseas, tendências, etc. Mas como aplicar um mesmo "Padrão de Beleza" às bonecas feitas em formas únicas  entre si?
Ao redor do planeta sociedades criaram diferentes conceitos de beleza, de acordo com sua cultura, dessa forma o que uma sociedade considerava como ícone de beleza, para outra- de diferente cultura- poderia ser visto como horrendo. Mas, esta época já dissolveu-se devido ao fato da globalização, o que gera uma miscigenação de culturas, conceitos e hábitos. 
Assim como a língua inglesa foi definida a "língua universal", também estabeleceu-se algo do tipo "Padrão Universal de Beleza". Todos querem parecer originais, mas ao mesmo tempo estar no padrão, e estar no padrão acaba por descartar a originalidade. Pois, a tendência que for considerada "original" entrará no padrão, assim sendo, como uma doença se disseminará e deixará de ser original.
Neste padrão há apenas uma pequena exigência para estar dele, ela se chama perfeição, ou pelo menos algo que aparente chegar próximo disto. Blábláblá, e adivinhem? Depois de tudo isso, chegamos a OUTRO conceito ainda muito subjetivo. Absolutely Charmer adverte : sim, pensar sobre o que esse povo inventa te faz pirar! 
Voltando! Este conceito de beleza generalizado do qual utilizamos envolve primordialmente magreza. Este quesito, sem duvidas, é o mais polêmico de todos. Afinal todos querem encaixar-se no padrão, e para isso é necessário passar pelo primeiro estágio, alguns o alcançam com grande facilidade ou já estavam engajados no mesmo. Por outro lado, há  aqueles cujo os esforços não atingem o mesmo resultado, mas ainda sim existe a gana de ser parte do quebra-cabeças, eis que surgem os Distúrbios Alimentares. 
Os outros dois quesitos essenciais recaem sobre o rosto e o que vestirá a magreza exigida anteriormente. Siga o raciocínio, o segundo quesito recai sobre o rosto, o que significa um minucioso cuidado com a pele primeiramente e o uso de "make", o qual traz maior impressão da ausência de falhas. O terceiro trata-se de estar bem vestido, como já disse, bonecas de porcelana são identificadas pelas vestes, quanto a nós, se fôssemos bonecas viríamos de formas distintas. Isso torna o terceiro totalmente inútil.
Deveríamos todos refletir melhor sobre as mudanças que fazemos à nossa "forma original". Se guiados pelos padrões gerais acabaremos todos, de fato, como bonecas de porcelana. Todos impecavelmente brancos com cílios longos, olhos grandes e boca perfeita, apenas diferenciados pelas vestes.
E você, quer ser como uma boneca de porcelana?

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Sweet Vampire

Vícios são como vampiros. Apesar de serem "sanguessugas" nos chamados romances sobrenaturais são retratados como sedutores, atraentes, irresistíveis e entorpecentes à seus alvos, assim como alguns predadores são vistos por suas presas. Vampiros tornariam-se para seus alvos exatamente o que nossos vícios tornam-se para nós.
Tudo começa com a atração. Inicialmente o predador escolhe suas vítimas, as seduz, ganha e depois vem o bote. As tentações o atrairão, após entorpecido pelo desejo só resta uma fase... tais tentações "cravarão suas presas" e seus sangue estará infectado por compulsão, como veneno. 
Tal compulsão torna-se enlouquecedora e irracional. Absolutamente nada é capaz de ameniza-la enquanto não permitir-se ser consumido pela tentação novamente e deixar que esta sugue-o, assim como vampiro e sangue. A sede de ser consumido torna-se prazer insaciável, leva ao excesso, é o gatilho à ser apertado para o vício
Limite é a linha entre controle e loucura, a trava que impede o disparo do tiro. Mas, limite é uma virtude atribuída à poucos. Eis que o gatilho é apertado. Durante o disparo tudo parece maravilhoso, encantador, envolvente, diria que hipnótico, enfim um prazer absoluto. Até que o projétil perca aos poucos a velocidade sem atingir nada ou se choque contra outra superfície, em ambas as circunstâncias restará apenas a dor.
Permita-me lembrar a que estão sendo comparados. Encaremos o vício como sendo um doce vampiro. Começa como a presa entorpecida pelo prazer, até que o predador lhe crave as presas novamente, entretanto, o objetivo não é mais entorpecer e sim sugar-lhe a vida até que acabe seco. 
E assim que nossos prazeres voltam-se contra nós mesmos, tornado-se vícios provocados por falta de limite e fraqueza. O prazer nos entorpece e anestesia nossas mentes e corpos , enquanto temos nosso interior corroído.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

"Tudo posso, mas nem tudo me convém"

Um dos fatos mais impressionantes em relação à Bíblia é a maneira de como seus ensinamentos e passagens,  escritas à dois mil anos atrás, encaixam-se perfeitamente às situações que vivemos hoje em dia. Em Coríntios I, escrito por São Paulo, no capítulo seis encontra-se o seguinte trecho :“Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido,mas não me deixarei escravizar por coisa alguma...”.
Esta passagem será sempre válida não importando época e nem lugar. Atualmente tudo é muito fácil de se conseguir mas, jamais será suficiente, pois somos feitos de pura ambição, o que nos torna verdadeiros escravos de nossos desejos. Porém, nem todos estes nos são convencionais.
Oportunidades jamais faltarão, deve estar ciente disto, novas ambições surgem a cada nova informação que entra em nossas mentes. Muitos destes desejos são facilmente alcançáveis, e por assim serem até nos parecem convencionais, só lembrando, o caminho certo raramente é o mais fácil.
Tudo é muito acessível, tanto as boas coisas quanto as ruim. Acabamos por nos perder nesta "armadilha de acessibilidade", cair na tentação de nossos desejos tão fácil quanto ser arrastado pela correnteza de um rio, mas os rios seguem seu curso e te levam cada vez mais e mais longe. 
Desta mesma forma é que nos tornamos eternos escravos de nossas vontades, mas quando se chega à tão ponto, as vontades não são mais apenas vontades, desejos ou prazeres, já tornaram-se vícios. 
Excesso, eis a foz por onde passa nossa correnteza de prazer, quando tal foz é cruzada, tudo se perde em oceanos de vício. É um ciclo, assim sendo seu fim só se encontra com o término de um ciclo maior, o da vida.
Porém, há salvação para este afogamento, uma bóia para agarrar-se antes de tudo estar completamente perdido.Tal salvação só pode partir do próprio afogado, por meio de perseverança, esperança, fé, dedicação e força de vontade. 
Não podemos esperar que outra pessoas, além de nós mesmos, impeçam que nos afoguemos  em nossos próprios vícios, os quais vieram acumulando-se a partir do momento em que nos deixamos levar pela correnteza de nossos prazeres.


Cover and Content

Já dizia o ditado: "nunca julgue um livro pela capa". Este conceito, no entanto, deveria ser aplicado não só no sentido literal, se tratando realmente de livros, mas também no figurativo.
Siga o raciocínio,em algum momento de sua carreira acadêmica terá de passar pelo estudo do livro "Os Lusíadas": leitura um tanto complexa, porém belíssima. Encontrada em qualquer sebo por um preço acessível e capa surrada, entretanto, extremamente rica em conteúdo, que durará por anos e será sempre usado sendo a edição original do clássico. 
Existem, por outro lado, versões mais resumidas, menos complexas, e dependendo até mesmo ilustradas que você poderá encontrar em qualquer livraria, com capa dura, nova, que em algum tempo estará desgastada e não terá o mesmo valor de uma edição original, afinal é uma versão.
Mas, espere um momento! O objetivo não seria, com o estudo de tal clássico, um aprimoramento intelectual e acadêmico? Seria este propósito, realmente, alcançado com a leitura do conteúdo defasado? Ou seria só uma ilusão? Qual dos livros seria um melhor investimento?
Agora, onde quero chegar com tudo isso? O fato é que o mundo de hoje é extremamente superficial. As pessoas se empenham tanto em impressionar com a aparência que quando o conteúdo vem à tona resulta em desapontamento, decepção. Criamos uma imagem que se dissolve, com apenas uma palavra.
Em contrapartida, existem aqueles que ao primeiro olhar não causam um grande impacto ou talvez se quer são notados, mas na primeira oportunidade estes se mostram impressionantes e encantadores, muito mais que suas capas.
A decisão cabe à você e mais ninguém, qual será? A bela capa, a qual ao ser "aberta" vê-se que não passava daquilo mesmo: uma capa? Ou o livro de capa mais singela, mas que ao ser aberto torna-se espetacular e inesquecível?
Seremos todos lembrados por aquilo que somos, afinal isso nos acompanhará até o fim dos tempos, e não pelo que aparentávamos ser... A aparência assim como uma capa se desfaz com os anos, mas o conteúdo esse sim é eterno, ou pelo menos quase isso.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

The right and the wrong way

Quando crianças os pais estão a todo tempo mostrando e ensinando a diferença entre o que  considera-se certo e o o que vê-se como errado. Com o passar dos anos a lição passa a ser um pouco diferente, aparece algo à primeira vista extremamente chata e tediosa, não entendemos o porquê disso. 
A razão para todas estas lições só vem à nós em outra fase, a adolescência, época essa onde a diferença e os limites impostos no passado são postos a prova. Infelizmente nos últimos tempos a divisão entre o certo e errado torna-se cada vez mais tênue e subjetiva.
Os conceitos mudaram para a grande maioria, as colocadas em contraste gerando conflitos e aumentando a aversão ao outro. O que está em alta ultimamente  é chegar ao limite, não importa do que seja, o extremo visto como a razão.
Neste contexto uma excelente definição para limite seria algo como "o limite está no ponto onde começam os direitos do próximo,ou seja, no término dos teus". Ninguém tem o direito de julgar o outro, mas quando a linha dos direitos deste outro é cruzada,o julgamento passa à ser dever...Mas na prática as coisas mudam.
Alguns guiam-se por seus princípios religiosos, uns pela lei, há quem se guie pela criação recebida, outros pelo senso. Entre tanto, certos indivíduos simplesmente não tem conceito de certo e errado, e muito menos sobre limites. 
E esta laia aumenta e influencia cada vez mais o resto de nós, são o que chamo de Infecção. Visam o próprio benefício, quanto aos limites? Simplesmente são descartados...

The appropriate mask ;

Uma mascara para cada situação. Assim como você se veste com roupas apropriadas, de acordo com o lugar onde vai e com quem irá se relacionar, são vestidas também as mascaras apropriadas. A verdade é que a vida é uma contínua e incansável mudança. Mudamos a cada minuto de diversas maneiras, drásticas e outras ao mesmo tempo extremamente sutis.
Nós agimos, falamos, andamos e nos comportamos de maneiras muito diferentes, de acordo com a circunstância e o lugar onde estamos. Somos definidos pela personalidade, ou pelo menos devíamos, mas como definir se auto definir, se cada situação exige uma 'mascara apropriada'. 
Nunca seremos em casa os mesmos que somos com os amigos. Assim como as estrelas não irão aparecer enquanto o sol não se pôr, já que a condição de existência para que brilhem é a escuridão da noite, nós também temos uma "condição de existência" para que nossa real personalidade e pensamentos venham à tona.
As atitudes, que nem sempre originam-se de seus princípios, são usadas como conceito para que terceiros formem uma imagem sobre a personalidade de alguém. No entanto, o que realmente define uma pessoa são seu pensamentos e valores, muitas vezes reprimidos sob o pretexto de algum tipo de aceitação. 
Se ser "aceito" significa reprimir seus verdadeiros conceitos, regras pessoais, pensamentos e valores; ou seja, esconder quem realmente é... Quem estará recebendo tal aceitação? Você mesmo, com tudo o que tem por dentro; ou a mascara que você veste para esconder-se do mundo? Mas, afinal quem é a mascara e quem é você mesmo, ainda sabe?